quarta-feira, 2 de janeiro de 2013 | Autor:

Uma conversa franca

 

Também sou pai e compreendo a sua preocupação no que diz respeito ao futuro do seu filho ou filha. Por esse motivo, escrevi este artigo, para tentar esclarecer as principais apreensões daqueles cujos filhos decidiram ser livres empreendedores. Desempenho esta profissão há mais de 50 anos, portanto, ninguém melhor do que eu para discorrer sobre as vantagens e desvantagens do métier.

Gostaria que você encarasse este texto como uma conversa franca e aberta sobre os riscos e compensações decorrentes daquela decisão, bem como um aconselhamento a pais e filhos sobre como enfrentar tal empreitada.

A partir da leitura deste texto estarei à disposição para complementar algum esclarecimento que se mostre necessário.

Espero que este texto ajude tanto no aspecto informativo quanto no afetivo, pois é disso que a garotada mais necessita. Frequentemente, é pela falta desses dois fatores que muitos jovens acabam se envolvendo com drogas, com amizades perniciosas ou com seitas aliciantes.

Quero que conte comigo como um aliado no compromisso de buscar o melhor para o seu filho ou filha. Coloco meu aconselhamento à sua disposição, já que comemorei mais de meio século de ensino e durante essas décadas conduzi muita gente ao sucesso profissional.

Questões sobre a profissão

1. Meu filho estava cursando engenharia e resolveu ser empreendedor do Método DeRose. O que devo fazer?

Em primeiro lugar, não creio que você deva se preocupar com isso logo de início. Pode tratar-se apenas de um impulso momentâneo. Também fomos jovens e sabemos que mudar de idéia é um privilégio da juventude. Se os mais velhos desapoiarem a aspiração do jovem, ele fincará pé e levará sua decisão até os limites, só para contrariar. Eu fui assim, você também foi. Basta dizer não para gerar uma defensiva e conflagrar uma guerra. O melhor a fazer é dar um tempo.

2. E se ele persistir na idéia?

Nesse caso, não há nada que uma boa conversa não resolva. Pais e filhos precisam conversar. Pre­cisam ser amigos. É necessário que confiem um no outro. Converse com ele para verificar por que tomou essa decisão. Se tiver sido uma decisão madura, fruto de uma vocação autêntica, então cabe a nós, os mais velhos, prestar aconselha­mento e apoio.

3. Mas eu quero que ele se forme em engenharia, medicina ou direito.

Nada contra essas profissões, contudo não podemos deixar de levar em consideração que a realização pessoal do seu filho vale mais do que a satisfação das nossas conveniências. Se ele estudar o que o pai deseja, só por obediência, certamente tornar-se-á uma pessoa frustrada. Nenhum pai deseja isso para o seu filho.

4. É que as carreiras tradicionais têm status e contam com o respeito da sociedade.

Sem dúvida. Mas também custam muito mais caro para obter a formação e depois a probabilidade é que a maioria fique desempregada porque o mercado de trabalho já está saturado há mais de duas décadas. Grande parte dos nossos alunos é constituída por engenheiros, advogados, arquitetos, psicólogos e até médicos que formaram-se mas não conseguiram ou não quiseram trabalhar em suas respectivas áreas. Quanto ao status, na nossa profissão, o jovem vai ensinar aos engenheiros, médicos, advogados, arquitetos, psicólogos, empresários, executivos, intelectuais, políticos e artistas. Vai ser tratado com reverência e admiração. Poderá dar cursos em Universidades. Poderá viajar pelo país todo e por outros países. Certamente, dará entrevistas para jornais e televisão. Provavelmente, vai escrever livros. Não há sombra de dúvida de que se pode conquistar o respeito da comunidade sendo empreendedor do Método DeRose.

5. Precisamos pensar no futuro. É preciso estudar e ter um certificado…

Certificado ele vai ter, expedido por uma Universidade Federal, Estadual, Católica ou outra particular, à sua escolha. Pela estrutura que oferecemos, provavelmente, vai conseguir qualificação em mais de uma Universidade no Brasil e com possibilidade de, mais tarde, receber outra na Europa.

6. E quanto ao nível sócio-econômico?

Se você visitar as escolas certificadas pelo Diretório Central do Método DeRose vai constatar que muitos dos seus Diretores tornaram-se empresários bem cedo e possuem instalações de excelente nível. Vai verificar que eles trabalham com um público classe A. Consultando esses instrutores, poderá tranquilizar-se com relação às oportunidades que a nossa profissão proporciona.

7. Qual é a viabilidade econômica que a carreira proporciona?

A viabilidade é grande e é um fato. Considere que cada cliente do seu filho pagar-lhe-á mensalmente aquilo que ele estiver pagando hoje para formar-se. Se ele tiver 50 alunos, o retorno mensal será de 50 vezes o investimento. Investimento esse que vai ser feito por alguns anos, mas o retorno será para a vida toda. A relação custo/benefício entre o investimento na formação profissional e a arrecadação durante a carreira é a melhor do mercado de trabalho.

O retorno é rápido e expressivo. No entanto, sejamos honestos, tudo depende da vocação, talento e esforço próprio do profissional. Se ele não se esforçar, ninguém poderá fazer milagre por ele. E isso vale para qualquer profissão.

Seu filho poderá, ainda, criar um produto e fornecê-lo a toda a Rede, que é bem grande. Temos hoje centenas de entidades filiadas no Brasil, Argentina, Chile, Portugal, Itália, Espanha, França, Inglaterra, Escócia e Estados Unidos (incluindo o Havaí).

8. Há casos concretos da viabilidade econômica da profissão?

Sim. Vários empreendedores já conseguiram comprar suas sedes próprias. Podemos citar como exemplo os seguintes profissionais que adquiriram suas casas próprias: Dora Santos (São Bernardo, SP); Miriam Rodeguer (Rio Claro, SP); Antônio Ferreira (Salvador, BA); Clélio Berti (Campinas, SP); Maria Cruz (Belém, PA); Carla Mader (Itu, SP); Fabiano Gomes (Porto Alegre, RS); Fábio Euksuzian (São Paulo, SP); Naiana Alberti (Porto Alegre, RS), Solange Macagnan (Cruz Alta, RS); Rosa Espinosa (Porto Alegre, RS); Edgardo Caramella (Buenos Aires, Argentina); e outros.

9. Em quanto tempo meu filho começará a ganhar dinheiro?

Cursando uma faculdade comum, levaria, no mínimo quatro a oito anos, com uma possibilidade real de não conseguir colocação. Na nossa formação, seu filho já poderá ingressar no mercado de trabalho após o primeiro ano de estudos, como assistente monitorado. Dessa forma, o próprio estudo começará a se pagar a si mesmo.

10. Como está o mercado de trabalho na área do Método DeRose?

A nossa é uma profissão em ascensão. O mercado está ávido por profissionais e os absorve imediatamente. A previsão é a de que continue assim por muito tempo.

11. Qual é a possibilidade de que meu filho firme contrato com alguma entidade filiada ao Diretório Central do Método DeRose?

A probabilidade é de noventa por cento, pois estamos crescendo muito e a procura do público por profissionais da nossa área está aumentando. O mais importante é que ele não será contratado como empregado e que entrará na instituição com participação nos lucros.

12. E se nenhuma empresa filiada ao grupo o convidar ou se ele não quiser trabalhar na rede de credenciados?

Nesse caso, poderá dar aulas, cursos e workshops em empresas, clubes, academias ou montar o seu próprio estabelecimento.

13. Qual é o investimento para montar a sua própria empresa?

O investimento é muito pequeno, pois não precisamos imobilizar capital em máquinas e equipamentos, como seria o caso de uma academia ou de uma clínica. Não precisamos pagar a manutenção desses equipamentos e sua substituição de tempos em tempos. Não sendo uma loja do comércio, também não precisamos preocupar-nos com estoques de mercadorias (geralmente perecíveis). Não temos empregados e não incide praticamente nenhum imposto sobre o nosso trabalho.

Recomendamos que, sempre que possível, o maior investimento seja na compra do imóvel em que vai instalar sua empresa. Na nossa área essa imobilização de capital só trás vantagens e segurança. Segurança de poder investir nas instalações e no ponto sem se preocupar em ter que sair do imóvel caso o proprietário o pedisse de volta. Segurança caso o empreendedor do Método DeRose mude de ideia e queira trabalhar com outra coisa, pois sempre restaria o investimento imobiliário.

14. Eu quero que ele, primeiro, forme-se em Engenharia, Direito ou Medicina. Depois, se quiser, pode se formar no Método DeRose.

Faria sentido que ele gastasse tanto dinheiro, tempo e sacrifício para formar-se em Odontologia ou Arquitetura e depois fosse trabalhar com Publicidade ou Informática? Para que jogar fora todo esse dinheiro e juventude se não vai exercer a profissão? Claro que se isso tornar a vida do seu filho mais feliz, depois da sua formação profissional nós o receberemos de braços abertos.

15. Mas o que é o Método DeRose, afinal?

O Método DeRose é uma proposta de qualidade de vida, boas maneiras, boas relações humanas, boa cultura, boa alimentação e boa forma. Algu­mas das nossas ferramentas são a reeducação res­piratória, a administração do stress, as técnicas orgânicas que melhoram o tônus muscular e a fle­xibilidade, procedimentos para o aprimoramento da descontração emocional e da concentração mental.

16. A questão é que não sei quem são vocês.

Somos uma marca séria que está no mercado desde 1960. Temos profissionais muito bem preparados em cursos de extensão universitária nas Universidades Federais, Estaduais e Católicas de vários estados do Brasil e em universidades de outros países. Nossa história está documentada no livro “Quando é Preciso Ser Forte”, 42ª edição.

17. E quais são os seus hábitos de vida?

Nossos alunos e profissionais aprendem a valorizar a saúde, a higiene e as boas maneiras, de forma que não fumam, não ingerem bebidas alcoólicas e não usam drogas. Aliás, somos o único segmento cultural em que você pode ter a certeza de que o seu filho não travará contato com drogas!

18. Com que público meu filho lidará?

Nossos clientes são das classes A e B, a maioria entre 18 e 50 anos de idade. São pessoas cultas, educadas e saudáveis. A maior procura é por profissionais liberais, executivos, empresários, intelectuais, artistas, universitários e atletas de alta performance. É um público bem mais seleto do que a clientela da maior parte das profissões.


Questões sugeridas e respondidas pelos nossos alunos

 

– Se o trabalho de vocês não é comercial, como é que o DeRose tem tantas escolas?

O DeRose só tem uma escola, situada na Alameda Jaú no. 2000, em São Paulo. Mesmo assim, está arrendada para a Engenheira Fernanda Neis.

– Como assim? Não são centenas de escolas e associações filiadas? Para todo o lado que eu vá encontro um estabelecimento com o nome dele, no Brasil e noutros países.

As entidades são todas autônomas e cada qual tem o seu diretor, presidente ou proprietário.

– É uma franquia?

Não, não é uma franquia. Quem afirmar isso não está bem informado.

– Mas levam todas o nome dele.

O fato de o nome DeRose aparecer, é como a rede mundial de escolas Montessori. São milhares. Nem por isso são filiais ou franquias da professora Maria Montessori.

– Então, o que são as entidades que levam o nome DeRose?

Levam o nome DeRose as entidades (escolas, núcleos, associações, espaços culturais, federações) que utilizam o Método DeRose.

 

Se desejar mais esclarecimentos

 

Desejando mais esclarecimentos sobre a nossa instituição, queira consultar o nosso site e blog:

www.MetodoDeRose.org

www.MetodoDeRose.org/blog

domingo, 30 de dezembro de 2012 | Autor:

Um bom exemplo de praticante do Método DeRose, na área de conceitos, é a ação efetiva para transformar o mundo através da civilidade (podemos chamar de boas ações ou até de boas maneiras).

Todos os dias vamos computar quantas ações louváveis protagonizamos.

Três vezes três

três é um dos números reverenciados nas nossas raízes hindus. Vamos, então, fazer nossa contagem a partir dele.

Se você realizar hoje menos de três boas ações, considere este como um dia de chumbo.

Se realizar três ações de boas maneiras, este foi um dia de bronze.

Com duas-vezes-três ações meritórias, seu dia terá sido de prata.

Conquistando três-vezes-três ações de civilidade, comemore um dia de ouro.

Mas se conseguiu realizar mais de três-vezes-três ações, você é o nosso herói e o seu dia foi de diamante!

Que ações poderiam ser essas?

Efetue uma doação a alguma instituição de assistência social séria.

Participe como voluntário em alguma campanha filantrópica.

Envolva-se de corpo e alma com as campanhas da Defesa Civil da sua cidade.

Dê comida a quem tem fome.

Dê um agasalho a quem tem frio.

Dê um sorriso, uma atenção, um afeto a quem esteja precisando disso tanto quanto o que tem fome e o que tem frio.

Salve um cão abandonado.

Regue as flores do jardim do seu vizinho, desinteressadamente.

Pare o carro a fim de dar passagem a um pedestre que esteja querendo atravessar a rua, mesmo fora da faixa.

Socorra um desconhecido que esteja caído na calçada tendo um ataque epilético.

Dê flores a um amigo.

Não se abale quando outro motorista for mal educado, der uma fechada ou mesmo bater no seu carro.

Peça desculpas, mesmo quando tiver a certeza de que está com a razão.

Trate bem um mendigo que venha pedir dinheiro.

Telefone para um amigo, colega ou parente, só para perguntar como vai.

Converse amenidades com um desconhecido no supermercado ou no shopping center.

Dê a mão a uma senhora para sair do carro.

Ofereça-se para ajudar a carregar as compras ao vizinho no prédio em que mora ou ao desconhecido no estacionamento.

Carregue a bolsa pesada da sua amiga.

Ouça o desabafo de quem precise falar sobre um problema.

Jogue no lixo algo que alguém tiver deixado cair fora da lixeira.

Acaricie um cão.

Elogie o filho de alguém.

Dê os parabéns a um colega ou concorrente por uma conquista ou por um projeto vitorioso.

Dê uma gorjeta mais substancial do que o mínimo de praxe.

Agradeça pelo serviço e elogie a atuação do garçom ou de outro profissional.

Diga “você está com a razão”.

Sorria para as pessoas no clube, nas lojas, na sua empresa.

Trate com cortesia o seu porteiro, a sua auxiliar de limpeza e todo o pessoal subalterno.

Recicle.

Dê informações, auxilie, oriente (na empresa, no trânsito, na faculdade).

Converse com os funcionários que o atendem.

Escute as reivindicações do cônjuge (esposa ou maridão). E atenda-as.

Diga obrigado e sorria para alguém na rua, no trânsito, nas compras.

Responda com gentileza a um vizinho irritado.

Acalme um colega, um familiar ou um amigo quando ele estiver zangado com você.

Não insulte a quem bem que merecia.

Quando não precisar de algum objeto ou roupa não o guarde nem o jogue fora: procure quem esteja precisando e faça-lhe presente. O que não presta para um pode ser uma bênção para outro.

Dê uma informação útil a alguém.

 

ISTO É O MÉTODO DeROSE EM AÇÃO EFETIVA!

ESTES SÃO ALGUNS EXEMPLOS DOS NOSSOS CONCEITOS E VALORES.

 

sábado, 10 de novembro de 2012 | Autor:

(Em chinês,o conceito crise escreve-se com os ideogramas risco + oportunidade.)

Uma vez, um senhor humilde tinha uma carrocinha de hot-dog. Com aquele modesto negócio havia mantido a família e educado o filho, que se formara num curso superior de Economia. Com a experiência que só os anos conferem, o senhor fez planos de expansão. Mandaria elaborar uma placa para aumentar a visibilidade da sua carrocinha de cachorro-quente e solicitaria faturar o pagamento do luminoso para dali a 30 dias. Nesse meio tempo, negociaria com os fornecedores a compra de uma quantidade bem maior de pão e de salsicha para obter melhores preços, pois a placa incrementaria a clientela e isso permitiria contratar maior fartura de pães e salsichas. Com a redução do custo e o aumento da procura, pagaria facilmente a placa. A partir do segundo mês, era só contabilizar os lucros.

Tudo se encaixava. O plano era bom, mas convinha consultar o filho, pois o senhor era uma pessoa simples e o garotão “havia cursado uma faculdade”.

Tomando conhecimento dos projetos do velho pai, o jovem criticou-o severamente: “Então, papai, você não percebe que o país está em crise? A economia está instável. Não é o momento para arriscar. Você está por fora. Será que não lê jornais? Eu, que entendo de Economia e Administração, desaconselho essa aventura.”

Então, o experiente senhor não mandou fazer a placa luminosa, não aumentou a procura, não conseguiu baixar os custos e, como o país estava em crise… faliu!

Nilzo Andrade Jr.

Mestrão!

A história do pipoqueiro Valdir, aqui de Curitiba, pode ser inspiradora: http://pt.globalvoicesonline.org/2009/04/11/brasil-dicas-do-pipoqueiro-valdir-para-enfrentar-a-crise/.
Só não gosto do palito de dentes, mas vou sugerir para ele um fio-dental.
Um grande abraço com muita admiração e cheio de agradecimento pelas conversas da semana passada!

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sábado, 13 de outubro de 2012 | Autor:
Bonjour :D
Como está querido Mestre?
Queria partilhar com você o comunicado que um dos nossos parceiros escreveu sobre o Método para os seus clientes.

CAP HEC É uma instituição que promove aulas particulares aos estudantes franceses que se preparam para o concurso das “Grandes Écoles” (as faculdades mais exigentes e elitistas da França). O estudantes podem comprar um pack de aulas de matemática, de inglês, de economia, ou do Método DeRose ;) .
Pela primeira vez, somos tratados como verdadeiros profissionais, sem estereótipos. Isso nos deixa muito felizes :) .

Espero que sintas que esta é uma vitória também tua, de toda a família, e do Método, pelo menos na Rive Gauche é assim que sentimos

File: CPMthodeDeRose.pdf

Um beijo enorme com muitas saudades <3
Soninha

quinta-feira, 30 de agosto de 2012 | Autor:

Estou ciente de que muita gente no nosso meio precisa se pavonear por uma questão de vaidade pessoal. Gostaria que o prezado amigo compreendesse qual é a minha posição perante títulos e condecorações.

Durante cinquenta anos trabalhei com Yôga. Foram cinquenta anos pugnando pelo reconhecimento e respeito à nossa profissão. Luta inglória, uma vez que do outro lado está a mídia internacional divulgando sistematicamente uma imagem distorcida e fantasiosa sobre o tema.

Desde 1978 tentei a regulamentação da nossa profissão. A de peão de boiadeiro foi regulamentada, mas a nossa foi rejeitada. Desde 1970 vários colegas tentaram fundar uma faculdade de Yôga. Nenhum deles conseguiu que o MEC aprovasse seus projetos. Nesse meio tempo, foram aprovadas faculdades de cabeleireiro e de mais uma porção de profissões humildes. Conclusão: por não ser levada a sério pela Imprensa, nossa profissão, apesar de ser uma filosofia e exigir muito estudo, é situada preconceituosamente abaixo da de cabeleireiro e da de peão de boiadeiro, embora estes sejam respeitáveis ofícios.

Temos profissionais extremamente cultos, sérios e que ocupam posições destacadas na sociedade. Não obstante, se qualquer um de nós for apresentado como Instrutor de Yôga, o que se passa imediatamente pela cabeça do interlocutor é que sejamos diferentes, fora da realidade. Talvez, circenses ou curandeiros. Uns iludidos… ou que tenhamos a intenção de iludir. Ou, ainda, que possamos resolver, num passe de mágica, as mazelas do trivial diário. Na sequência, alguém nos pergunta se ficamos de cabeça para baixo ou qual é o nosso nome verdadeiro. Disparates aviltantes!

Por isso, meu amigo, por uma contingência da profissão, no nosso caso é determinante que contemos com o beneplácito da sociedade na forma de títulos e condecorações. Elas não são incorporadas como artifício para insuflação do ego desta persona e sim para implementar reconhecimento à nossa nobre profissão por parte dos poderes constituídos: Governo do Estado, Assembleia Legislativa, Câmara Municipal, Forças Armadas, ONU, OAB, API, entidades culturais, filantrópicas, heráldicas e nobiliárquicas.

Dessa forma, esperamos que os pais dos nossos alunos concedam a eles mais apoio e compreensão quando seus filhos lhes comuniquem que desejam praticar Yôga e, quem sabe, seguir a nossa carreira. Uma carreira que tem mantido dezenas de milhares de jovens longe das drogas, do álcool e do fumo. Se para nada mais servisse a nossa filosofia, somente por isto já seria justificável o respaldo da sociedade brasileira e da Imprensa, bem como o apoio dos pais.

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É interessante observar como na cultura brasileira não ligamos muito para os reconhecimentos públicos, e aqui nos EUA, esses títulos são de extrema importância. Para fixar nossa residência aqui a primeira coisa que o advogado nos pediu: quais são os títulos, prêmios, publicações e reconhecimentos públicos que vocês tem. Acredito que todos nós como instrutores devemos seguir seu exemplo e ir construindo uma carreira sólida com a devida documentação e registros. Obrigada Mestre, por estar sempre à frente, nos mostrando o caminho, mesmo que muitas vezes não tenhamos idéia da dimensão e da urgência disso.
Um beijo, com saudades,
Marisol Espinosa – NYC

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Bom dia Mestre.

Sobre a concepção que as pessoas em geral têm sobre os instrutores e instrutoras de Yôga, tenho uma história que aconteceu comigo alguns meses atrás.

Um dia, estava iniciando uma aula em uma renomada rede de academias em São Paulo. Naquela aula, tinha umas 15 pessoas e apenas uma aluna nova. Terminada a aula e, depois de conversar um pouco com os alunos, fui embora. Saindo da academia, encontrei esta aluna nova na recepção da academia. Quando parei junto a ela, ela me olhou de cima a baixo umas 3 vezes e sem conseguir se conter exclamou: “nossa professor, você não parece instrutor de Yôga!, está tão chique…”

Nesse momento, compreendi instantaneamente como deveria ser um instrutor de Yôga na fantasia dela e da maioria das pessoas. Então, respondi imediatamente “muito obrigado fulana! Foi o melhor elogio que recebi nos últimos anos!”. Eu estava vestido com uma calça jeans, tênis, camisa e paletó, ou seja, estava vestido de gente! Deduzindo, instrutor de Yôga, não é gente.

Então, te agradeço sinceramente por propor esta “nova” forma de nos mostrarmos para o mundo. Sem utilizar palavras que estejam contaminadas pela desinformação disseminada por aqueles que não estão preocupados em trazer informações serias e verídicas, mas sim em vender jornais e revistas, dizendo o que todos querem ouvir.

E, da mesma forma que aquele ditado da filosofia hindu ensina “Se o chão tem espinhos, não queira cobrir o solo com couro. Cubra seus pés com calçados e caminhe sobre os espinhos sem ser incomodado com eles”. Nós mesmos estamos aplicando este principio a fim de sermos compreendidos, ouvidos, respeitados e reconhecidos.

Mais uma vez, obrigado!

Beijos deste amigo e discípulo

Instrutor Federico Giordano

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Bom dia Mestre!

Adorei este texto, obrigada! Mesmo tendo apenas 15 anos dentro da nossa família já presenciei as mais variadas situações.

Orgulho-me de ter tido sempre como profissão apenas a nossa, pois saí do colégio direto para a nossa formação. E quando alguém me perguntava se estava estudando, fazendo faculdade, eu respondia que sim, que estudava na Universidade de Yôga. Então eu recebia aquela cara decepção misto de ironia, às vezes até acompanhada do comentário “ah, ta, mas faculdade mesmo você não faz?”.

Tendo me graduado no colégio mais bem conceituado (e difícil!) do meu país – daqueles que quando se menciona o nome já todos arregalam os olhos e ficam bem impressionados com você – imagina como essa reação das pessoas me revoltava internamente! Nem adiantava explicar o quanto eu estava estudando e me esforçando, fazendo exame todos os anos para me aprimorar. Na cabeça deles a ideia já estava feita, fechada e carimbada.

Obrigada pelas tuas orientações e ensinamentos; por sempre ter a visão lá na frente, mesmo além dos nossos entendimentos às vezes. Obrigada por ter retirado a palavra mágica! Tenho certeza que agora iremos crescer ainda muito mais e com base mais sólida.

Beijinhos com carinho e bom dia

Mel
Copacabana – RJ

terça-feira, 12 de junho de 2012 | Autor:

 

Numa tarde ensolarada na cidade de São Paulo, terminei minha aula de Aikidô com o Mestre Ricardo Leite – um jovem de vinte e tantos anos na época – e dirigi-me ao meu curso de xadrez com o Mestre Ángel Gutiérrez. Mestre daqui, Mestre dali, comecei a caminhar pela rua pensando com os meus botões: todo o mundo aceita serenamente que meu professor Ricardo Leite seja Mestre de Aikidô. Ninguém questiona o título de Mestre que a Federação de Xadrez concedeu ao Ángel Gutiérrez. Por que será que meu título de Mestre de Yôga parece perturbar algumas pessoas?

Durante 40 anos de ensino, fui o Prof. DeRose e não houve problemas. Ninguém me incomodou nem questionou o título de professor, desde a juventude em 1960 quando comecei a dar aulas e entrevistas, até o ano 2000. Depois de velho, quando recebi o título de Mestre começaram os problemas. Desconfianças, insultos, entrevistas insolentes, exclusões sistemáticas… É como se as pessoas se sentissem ultrajadas pelo fato de um profissional de Yôga ostentar o mesmo grau que tantos outros profissionais exibem sem causar nenhuma revolta. Ora, o próprio CBO – Catálogo Brasileiro de Ocupações, do Ministério do Trabalho, relaciona mais de trinta profissões com o título de Mestre, entre elas, Mestre de Corte e Costura, Mestre de Charque, Mestre de Águas e Esgotos etc. Mas de Yôga não pode. Por quê?

Afinal, nem tenho vinte e tantos anos de idade como o Mestre de Tai-Chi ou de Karatê, tenho quase setenta e as barbas brancas. Oficialmente, estou na terceira idade, os cinemas me concedem ‘meia-entrada de idoso’, sou avô e, a qualquer momento, bisavô! Por que a sociedade admitiria sem problemas que com um terço da minha idade eu fosse Mestre de Reiki, ou Mestre de Obras, ou Mestre de Capoeira, mas cobra-me sistematicamente explicações quanto ao meu título legítimo de Mestre em Yôga?

Chega a soar ridículo quando alguém me diz, ou a algum aluno meu: ‘Mestre? Como assim, Mestre?’ Alguns estudantes respondem à altura, declarando que tratam de Mestre os professores das suas respectivas faculdades, portanto não entendem o que o interlocutor está querendo insinuar. Mas outros deixam-se intimidar e não sabem o que redarguir. Daí, a necessidade deste artigo.

Um coronel usa o título antes do nome, Cel. fulano e é chamado coronel ou meu coronel. Um médico usa o título antes do nome, Dr. sicrano e é tratado por doutor ou senhor doutor[1]. Um padre usa o título antes do nome Pe. beltrano e é chamado padre. O pastor é chamado de Rev. mengano e é tratado por reverendo. O juiz é tratado por Meritíssimo e o reitor por Magnífico Reitor. O mestre de Aikidô é tratado por Sensei e o mestre de capoeira é tratado por Mestre. O Mestre Maçom instalado é chamado de Venerável Mestre. No entanto, em se tratando de Yôga paira um preconceito lancinante que gera logo a predisposição para questionar quem use seu título legítimo.

Pessoalmente, gosto muito de chamar o contestador à razão, comparando-me aos Mestres de profissões humildes e até iletradas. Quando alguém me cobra acintosamente o direito ao título, prefiro perguntar se ele faria essa cobrança ao Mestre de Capoeira ou ao Mestre de Jangada. Pois, se não o faria, mas faz-me a mim, trata-se inequivocamente de uma discriminação.

Agora, tantos anos depois, com cinco títulos de Mestre não-acadêmicos, conferidos por duas universidades brasileiras, duas européias e uma faculdade paulista, várias Comendas e alguns títulos de Doutor Honoris Causa (o mais recente pelo Complexo de Ensino Superior de Santa Catarina) algo me diz que já não preciso ostentar nenhum deles. Interiormente, sinto que foram extrapolados.

Particularmente, não faço questão de título algum. Quiçá, hoje, meu nome já representa uma carga de autoridade que se basta por si mesma. Não obstante (que ironia!), agora as instituições, as autoridades e os Governos fazem questão de me tratar por Comendador e por Mestre!

“Na minha terra, as mãos produzem comida, e a cabeça, confusão.”

Mestre Vitalino, artesão nordestino,
que um jornalista do Sudeste se recusou a chamar de mestre
porque nenhuma universidade na época possuía mestrado em artesanato.



[1] O mais curioso é que os médicos e os advogados não são doutores, pois, via de regra, não fizeram doutorado! Não obstante, todos os tratam por doutor e ninguém implica com isso. Ninguém os confronta, desacatando-os: “Como é que você ostenta um título que não tem?” Pergunto-me qual seria a reação das pessoas se isso acontecesse com um profissional da nossa área.

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Caro Sr. DeRose, sem comentar a pretensa ostentação do prenome “Mestre” defendido por si, cumpre informar que os advogados são tradicionalmente chamados de doutores por força do “Título” que lhe foi concedido por Dom Pedro I, em 1827, por meio do Decreto Imperial, sendo que tal Título, por óbvio, não colide com com o previsto na Lei nº 9.394/96 (Diretrizes e Bases da Educação), o qual é avaliado e concedido pelas Universidades aos acadêmicos em geral. Ninguém confronta o título de doutor tradicionalmente utilizado por advogado, eis que foi determinado por Lei, ou melhor, Decreto Imperial. Dessa forma, por questão de coerência, sugiro que, no mínimo, retifique a nota [1] do aludido texto de modo a adequá-la aos fatos apontados. Um grande abraço…

 rafaeln
[email protected]

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Estimado Rafael. O Decreto Imperial aludido é do meu conhecimento. Contudo, como não estamos mais no Império, reservo-me o direito de não concordar com ele. Por outro lado, continuo apresentando meus advogados como “Doutor Fulano” e igual tratamento concedo aos meus médicos por mera liberalidade. Não vejo utilidade em confrontar os profissionais que estão procurando fazer o seu trabalho da melhor forma possível, sejam eles advogados, médicos ou profissionais da nossa área. No entanto, a nota preserva o seu valor de esclarecimento, já que a população não sabe daquela curiosidade.  Retribuo sua gentileza com um abraço apertado.

Post-scriptum: Como o estimado amigo deve ter lido no artigo, não defendo nenhuma “pretensa ostentação do prenome (sic) Mestre”, pois declaro expressamente no último parágrafo do texto: “Particularmente, não faço questão de título algum”.

Também não afirmo em parte alguma que meu prenome deva ser aquele, pois, como nos esclarece o Dicionário Houaiss, prenome é “nome de um indivíduo, que antecede o nome de família; nome de batismo, antenome”.

Mas, por favor, não veja nesta argumentação nenhuma animosidade. Minha intenção é apenas a de me dispor ao diálogo, bem como prestar consideração e respeito ao nosso leitor e colaborador.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012 | Autor:

Oi Mestre!

Que feliz que você vem ministrar cursos no Rio de Janeiro nos dias 17 e 18 de setembro! Já estamos contando os dias…

Aproveito para deixar as imagens de uma ação efetiva dos instrutores da nossa cidade. Colaboramos com dois textos seus na revista Pilotis da PUC-Rio.

Clique na imagem para ampliá-la.

Reply ]

Muito bom, Rafinha! Se todos replicassem nossos textos nas revistas e jornais de bairro, da faculdade, da empresa, as pessoas nos conheceriam muito melhor e gostariam mais de nós.