quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013 | Autor:

Apoteose

Era madrugada e ele aguardava o alvorecer com uma moderada tristeza, mas pressentindo uma crescente alegria que brotava no mais íntimo do seu ser.

Olhou o céu, escuro, e desejou ser ele. Inspirou fundo e sentiu esse prazer nostálgico dos que partem.

Voltou seu pensamento aos que lhe eram caros e confirmou que só deixaria boas lembranças, carinho e afeto, como pegadas indeléveis na senda limpa que trilhou. E expirou aliviado, relaxou os músculos e penetrou na gratificante experiência do pós-vida.

Que leveza e frescor reconfortantes ao ficar livre dos grilhões da carne! Que paz! Eis que já era vento, brisa, alento… a caminhar silente pelas alamedas do eterno.

Ainda uma vez, voltou seu afeto aos que deixara no vale de lágrimas; e numa prece calada pediu ao Senhor que concedesse a cada um dos seus amados um passamento assim, pleno de felicidade e isento de remorsos.

Olhou para o alto e viu sua nova gente: seu Mestre que o aguardava de braços abertos e sua nova família incorpórea que o envolvia em eflúvios róseos de intenso amor:

Há muito que te esperávamos. Deixaste-nos ansiosos por teu renascer. Mas serás, afinal, um parto fácil. Agora, vem descansar, tu o mereces.”

E por entre o brilho inconstante das inumeráveis estrelinhas de energia sutil, sentiu-se embalar pela harmonia das esferas entoada por um coro de sentimentos sublimes.

DeRose

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012 | Autor:

Prefácio

Um dia deparei-me com uma chocante verdade: nasci no século passado! Está bem, não só eu como todos os habitantes do planeta que nasceram até o raiar do ano 2001. Mas o fato é que mais de 60 anos de vida ensinam muita coisa.

De uns tempos para cá comecei a notar que para tudo sobre o que as pessoas me consultavam eu tinha uma regra ou conselho decorrente de experiências já ocorridas comigo nas mesmas circunstâncias uma porção de vezes. Era como se eu já tivesse visto aquele filme e soubesse exatamente como iria terminar.

Então, comecei a escrever os conselhos ou observações que eu tinha para repartir com quem vinha conversar sobre seus negócios, sua família, sua saúde, sua questões afetivas…

Muitas coisas que a vida me ensinou, já coloquei em outros livros. Assuntos referentes à etiqueta. reuni no livro Boas Maneiras. Palavras que falam ao coração, publiquei no Mensagens. Conselhos sobre casamento escrevi no Alternativas de relacionamento afetivo. Conceitos e técnicas a respeito de sexualidade, editei no livro A sexualidade sacralizada. Reflexões e insights sintetizei no Sútras – máximas de lucidez e êxtase. Temas referentes a uma vida riquíssima de experiências, viagens e fatos que dariam vários filmes, compilei na autobiografia Quando é Preciso Ser forte. Técnicas para maximizar a saúde e o autoconhecimento, reuni no Tratado de Yôga. Mas ainda havia muita coisa para ensinar e que não se encaixava em nenhum dos títulos acima.

Todo esse material eclético, eventualmente engraçado, mas essencialmente escrito para facilitar a sua vida, poupar o seu dinheiro e decepções, salvar seu casamento e suas amizades, evitar acidentes e processos criminais, minimizar a ocorrência de assaltos, furtos e agressões, tudo isso veio para este volume. Se você já nasceu com 50 anos de idade bem vividos e viajados, talvez este livro não tenha muito para lhe ensinar. Mas… vou-lhe confessar uma verdade: até eu preciso lê-lo de vez em quando para não repetir erros cometidos no passado. Afinal, ninguém erraria se ouvisse os próprios conselhos. Dizem que se conselho fosse bom ninguém dava de graça. Então, tudo bem: compre o livro!

A capacidade de autocura do organismo

Uma das coisas que a vida me ensinou foi que o corpo se cura sozinho na maior parte das ocorrências. Corremos para os remédios em busca de apoio e ajuda, mas o organismo, muitas vezes, teria conseguido curar-se sem a necessidade deles. Não estou falando do efeito placebo. Estou me referindo ao processo natural de reação e autocura. A homeopatia diz: Similia similibus curantur. DeRose redargue: Natura naturibus curantur.

Você já notou que algumas pessoas bem idosas declaram que nunca foram ao médico? E outras que vivem tomando remédios continuam doentes e, com frequência morrem cedo?

Certa vez, numa consulta médica, ao ver que os remédios receitados eram meio fortes e muito químicos, perguntei ao clínico se ele não conhecia outro meio de resolver o problema. Ele me disse que sim, tomando chazinhos medicinais da nossa flora, pois fariam o mesmo efeito. Ou, ainda, poderia ir à praia, caminhar a pé, fazer amor, praticar Yôga! Questionei, então, porque havia me receitado toda aquela parafernália química e ele justificou declarando que os pacientes em geral cobram isso do médico e que se o profissional não receitar os produtos da indústria farmacêutica, o cliente acha que trata-se de um mau médico e troca-o por outro que recomende bastante remédio.

Anos depois, minha esposa ficou grávida e passei a ir com ela mensalmente ao ginecologista. Ao longo dos nove meses de gestação, notamos que a qualquer sintoma mencionado pela paciente, o médico dizia:

– Está muito bem.

E não dava nenhuma medicação. No último mês confessei-lhe uma certa perplexidade, pois se o corpo da paciente podia resolver sozinho os problemas que iam surgindo, poderíamos ter economizado nove consultas. A resposta que esse ginecologista me deu foi semelhante à anterior e acrescentou que o organismo se cura sozinho de quase tudo. Mas, quando medicado, o paciente atribui a cura à eficácia do remédio e à competência do médico.

Por outro lado, quanta gente nós conhecemos que à primeira sugestão de que se submeta a uma cirurgia, corre para a sala de operações, especialmente se tem um seguro saúde que cubra tudo. Pergunto ao leitor: como está a saúde dessas pessoas? Está melhor do que a sua ou a minha? Ou está bem pior?

Note bem: não estou condenando as cirurgias ou medicamentos necessários. Procuro apenas salvar a sua vida, propondo que ao invés de levar uma facada na barriga e outra no bolso, você repense cem vezes. Uma cirurgia pode lhe custar muitas dores, pode dar errado e pode resultar em acidentes cirúrgicos, choques anafiláticos, paradas cardíacas, enganos do instrumentador, infecção hospitalar ou até falecimento na mesa de operação. Medicamentos desnecessários podem gerar efeitos colaterais, intoxicações medicamentosas, dependências etc.

Repito para que fique bem claro: se precisar, tomarei remédios e aceitarei a contra-gosto uma cirurgia. Mas antes tentarei tudo o que for possível, começando por uma alimentação tão mais rígida quanto mais radical for a circunstância.

Alimentação saudável, mudança de ares, férias, carinho, sexo, alegria, mudança de profissão, podem salvar a sua vida. Ou podem ampliar expressivamente a sua expectativa de vida. E se nada disso funcionar, pelo menos você terá se divertido bastante e terá sido feliz o tempo de vida que ainda lhe restar.

Basicamente, com relação a este tema, o que a vida me ensinou é que a natureza cura. Só precisa de tempo e de uma ajudinha, reduzindo os estímulos prejudiciais.

Quando você tiver algum problema de saúde, além de consultar o seu médico e mais uma segunda opinião (e uma terceira, quarta, quinquagésima…) é importante consultar também as pessoas que já passaram por problemas semelhantes. É curioso, mas os que sofreram do mesmo mal podem lhe dar dicas que os médicos, incompreensivelmente, ignoram.

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sábado, 24 de novembro de 2012 | Autor:

Você nunca pensou nisso, não é? Mas 99% da veterinária não visa o bem-estar dos animais. Toda a veterinária bovina, suína, ovina, equina, avícola só tem o objetivo de contemplar as conveniências dos criadores e seus lucros.

E quanto à veterinária de animais de estimação, como cães e gatos?

Também essa especialização privilegia o bem-estar dos donos. Por exemplo, quando recomendam que se lhes dê ração ao invés de comida comum do ser humano. É uma questão de comodidade e economia para os proprietários de pets. Para os animais pode ser extremamente enfadonho comer todos os dias a mesma coisa. E há denúncias de que as rações estão contribuindo para o desenvolvimento de câncer nos animaizinhos, devido à qualidade suspeita da procedência das matérias primas e à utilização abusiva de corantes, aromatizantes e conservantes cancerígenos.

Outra evidência dessa postura é a recomendação de que só se forneça uma refeição por dia e que se retire a comida se o animal não a comer imediatamente. Você já imaginou ser submetido a um regime em que só pudesse comer uma vez por dia? Além do sofrimento da fome, você ficaria ávido e quando tivesse comida à sua frente comeria mais do que o ideal. Por isso, alguns cães morrem por torção do estômago, por encher demais a barriga.

Mais um motivo de dar comida uma só vez ao dia é que quando os cães comem, eles precisam defecar em seguida. Seria desconfortável ao ser humano levar os cães para passear várias vezes por dia, após cada refeição. Então é melhor deixá-los passar fome.

Minha cachorra Jaya fica com a comida à disposição o dia todo. E ainda ganha frutas (no mínimo três maçãs e três bananas) ao longo do dia. Com isso, ela só come o que precisa e pára de ingerir o alimento quando está satisfeita, deixando o restante para mais tarde, pois sabe que vai estar ali sempre que ela quiser. Ah! E não custa informar: ela é vegetariana. É uma cadela de grande porte muito saudável, ágil, inteligente, astuta, carinhosa e extremamente forte. Come frutas, legumes, hortaliças, queijos, iogurtes e ração vegetariana. Se essa ração não for muito melhor do que a carnívora, pelo menos ela a ingere em menor proporção.

E o que dizer daqueles cães que comem e não podem defecar porque só vão passear à hora que seus humanos decidirem? Já imaginou você precisando ir ao banheiro o dia todo e não podendo porque seria humilhado com uma bronca feia e talvez até fosse punido fisicamente por ter se aliviado? Pois essa tortura é imposta aos cães com a maior naturalidade.

A solução que adotei foi destinar um pequeno espaço revestido com jornais, dentro de casa, a fim de servir como banheiro para a Jaya. É um pouco trabalhoso estar recolhendo os dejetos e desinfetando o local o tempo todo. Mas o conforto dela vale o investimento.

Em tempo: nosso veterinário é um querido e faz um trabalho realmente amoroso com a Jaya. Se quiser, posso indicá-lo.

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Onde encontrar rações vegetarianas:

Nem todas as rações são veganas, mas todas são vegetarianas.

Rações Fri-Ribe
http://www.fri-ribe.com.br
Fri-Dog Premium – Vegetariana – Ração 100% vegetal, com 25% de proteínas, à venda no Brasil. Recomendada para alimentação diária de cães adultos de todas as raças e portes.

Fridog
http://www.racao.vegetariana.pop.com.br
Fri-Dog Premium – Vegetariana – Ração 100% vegetal, com 25% de proteínas, à venda no Brasil.

Benevo
http://www.efeitoverde.com ou em http://www.centrovegetariano.org/loja
Ração vegana para cães e gatos, sem OGM, nem corantes ou conservantes sintéticos.

Yarrah
http://www.yarrah.com
Informações e vendas Porto: 916225263, 933300879; Lisboa: 214852573, 937850434
Uma gama completa de alimentos biológicos para cães e gatos, com algumas rações, biscoitos e snacks 100% vegetarianos para cães.

Petemotions
http://www.petemotions.com
Techni-Cal Vegetarian – Ração vegetariana para cães à venda online. Entregas dentro de Portugal continental.

Vegetarian Society do Reino Unido
http://www.vegansociety.com
Possibilidade de encomendar pela Internet, principalmente suplementos vegecat.

Veggie Pets
http://www.veggiepets.com/acatalog/vegetarian_cat_food.html
Loja online com rações vegetarianas e veganas para cães e gatos, de várias marcas disponíveis no mercado.

Amí
http://ami.aminews.net
Produtos alimentares totalmente vegetarianos para cães e gatos. Sem corantes, nem conservantes nem produtos transgénicos.

Referências:
http://www.vegetarianismo.com.br/animais.html
http://www.vegepets.info

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quinta-feira, 22 de novembro de 2012 | Autor:

Já vi muita gente declarando: “Fulano não serve para ser meu amigo. Vou lhe dizer umas poucas e boas.”

A sabedoria popular diz que mexer no que não cheira bem só faz piorar o odor. Se o Fulano em questão realmente não serve como amigo, o melhor é tomar uma medida amenizadora do mal-estar ou do mal-entendido surgido e, depois, promover um afastamento cordial.

A vida me ensinou que uma pessoa que não sirva para se conviver, alguém em quem não se possa confiar, é também uma pessoa com quem devemos evitar confusão.

O que é que você ganha discutindo com alguém? Algumas pessoas fazem isso porque andaram assistindo novela e aprenderam a “não levar desaforo para casa”. Algumas dessas pessoas nem mesmo sabem conduzir um relacionamento de amizade ou conjugal sem estar todo o tempo a contender, como se a existência devesse consistir em um incessante defender-se dos outros e proteger seu território. Isso caracteriza nível educacional muito baixo. Pessoas educadas e elegantes não utilizam esse paradigma.

Quem se melindra e briga por tudo e por nada, é portador de complexo de inferioridade. Se você não é um complexado, não precisa responder a uma agressão com outra agressão.

Agora considere: quem parte para um bate-boca não pode ser uma pessoa fina. Geralmente, tem pouco a perder. Não é o seu caso. Tornar-se inimigo de uma pessoa ralé pode lhe custar dissabores futuros, ao longo de toda a sua vida. O que fazer então? Deixar o inconveniente azucrinar a sua existência? Jamais! Quem não serve para ser seu amigo deve ser afastado com arte. Dependendo do tipo de relacionamento que vocês mantiveram, promova um distanciamento progressivo e, volta e meia, você tempera com uma cortesia. Por outro lado, recuse gentilmente os convites para o estreitamento da convivência, mediante justificativas aceitáveis.

O que você não deve fazer é partir para a briga, ou insultar, ou prejudicar a quem quer que seja. A maior parte das pessoas que trabalharam comigo e que eu precisei exonerar continua minha amiga. A maior parte das minhas ex-esposas continua mantendo boas relações comigo. As pessoas com quem não consegui preservar o distanciamento cordial e que hoje não gostam de mim, considero que, com essas, fracassei. Falha minha. Felizmente, foram poucas.

Isso de “ter que conversar” só funciona quando as pessoas são de fato amigas ou muito inteligentes, o que não constitui a média da humanidade! Nem com marido e mulher essa coisa de sentar para conversar funciona muito bem. Cada qual fica na defensiva e sai briga. Isso só funciona para os terapeutas, cuja profissão é o diálogo. É muito melhor adotar a tática da gentileza e do carinho quando não for o caso da necessidade de afastamento.

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quarta-feira, 30 de maio de 2012 | Autor:

Enviado por Camila Grinsztejn:

Li esta crônica da jornalista Martha Medeiros, colunista do Jornal O Globo aqui do Rio de Janeiro que me lembrou muito o livro “Método de Boas Maneiras”. Espero que goste.

Não canse quem te quer bem – Martha Medeiros

“Foi durante o programa Saia Justa que a atriz Camila Morgado, discutindo sobre a chatice dos outros (e a nossa própria), lançou a frase: “Não canse quem te quer bem”. Diz ela que ouviu isso em algum lugar, mas enquanto não consegue lembrar a fonte, dou a ela a posse provisória desse achado.

Não canse quem te quer bem. Ah, se conseguíssemos manter sob controle nosso ímpeto de apoquentar. Mas não. Uns mais, outros menos, todos passam do limite na arte de encher os tubos. Ou contando uma história que não acaba nunca, ou pior: contando uma história que não acaba nunca cujos protagonistas ninguém jamais ouviu falar. Deveria ser crime inafiançável ficar contando longos casos sobre gente que não conhecemos e por quem não temos o menor interesse. Se for história de doença, então, cadeira elétrica.

Não canse quem te quer bem. Evite repetir sempre a mesma queixa. Desabafar com amigos, ok. Pedir conselho, ok também, é uma demonstração de carinho e confiança. Agora, ficar anos alugando os ouvidos alheios com as mesmas reclamações, dá licença. Troque o disco. Seus amigos gostam tanto de você, merecem saber que você é capaz de diversificar suas lamúrias.

Não canse quem te quer bem. Garçons foram treinados para te querer bem. Então não peça para trocar todos os ingredientes do risoto que você solicitou – escolha uma pizza e fim.

Seu namorado te quer muito bem. Não o obrigue a esperar pelos 20 vestidos que você vai experimentar antes de sair – pense antes no que vai usar. E discutir a relação, só uma vez por ano, se não houver outra saída.

Sua namorada também te quer muito bem. Não a amole pedindo para ela explicar de onde conhece aquele rapaz que cumprimentou na saída do cinema. Ciúme toda hora, por qualquer bobagem, é esgotante.

Não canse quem te quer bem. Não peça dinheiro emprestado pra quem vai ficar constrangido em negar. Não exija uma dedicatória especial só porque você é parente do autor do livro. E não exagere ao mostrar fotografias. Se o local que você visitou é realmente incrível, mostre três, quatro no máximo. Na verdade, fotografia a gente só mostra pra mãe e para aqueles que também aparecem na foto.

Não canse quem te quer bem. Não faça seus filhos demonstrarem dotes artísticos (cantar, dançar, tocar violão) na frente das visitas. Por amor a eles e pelas visitas.

Implicâncias quase sempre são demonstrações de afeto. Você não implica com quem te esnoba, apenas com quem possui laços fraternos. Se um amigo é barrigudo, será sobre a barriga dele que faremos piada. Se temos uma amiga que sempre chega atrasada, o atraso dela será brindado com sarcasmo. Se nosso filho é cabeludo, “quando é que tu vai cortar esse cabelo, garoto?” será a pergunta que faremos de segunda a domingo. Implicar é uma maneira de confirmar a intimidade. Mas os íntimos poderiam se elogiar, pra variar.

Não canse quem te quer bem. Se não consegue resistir a dar uma chateada, seja mala com pessoas que não te conhecem. Só esses poderão se afastar, cortar o assunto, te dar um chega pra lá. Quem te quer bem vai te ouvir até o fim e ainda vai fazer de conta que está se divertindo. Coitado. Prive-o desse infortúnio. Ele não tem culpa de gostar de você.”

Beijos e saudades,
Camila Grinsztejn
Unidade Copacabana RJ

domingo, 13 de maio de 2012 | Autor:

Percebemos que alguns colegas ainda acham que dissidente é sinônimo de inimigo. Mas não é. A maioria dos nossos dissidentes preservou o carinho e a amizade. Ademais, ainda temos o egresso, que nem sempre é dissidente. Vamos estudar essas três denominações para não cometer injustiças com alguém que goste de nós, mas apenas não esteja trabalhando conosco.

Em primeiro lugar, comparemos a Universidade de Yôga com outra Universidade. Digamos, a PUC. Ela forma uma boa quantidade de excelentes acadêmicos em diversas áreas. Alguns deles optam por continuar atrelados, agora com laços profissionais, à Universidade que os formara. Esses ficarão trabalhando na PUC. Os outros guardarão boas lembranças e uma imensa gratidão pela PUC, mas irão trabalhar noutros lugares. São os profissionais egressos da PUC. Assim, nós temos:

Egressos ou formados pela Universidade de Yôga – são todos os que se formaram pela Uni-Yôga, os que saíram para o mercado de trabalho. Normalmente, chamamos de egressos ou de formados, aqueles que já não estão mais atrelados à Uni-Yôga, porém que não alimentam nenhum questionamento, nem discordância, nem animosidade. Falam bem de nós, preservam o carinho, o respeito e quando nos encontram sentimos reciprocamente uma grande alegria em nos ver. Temos até uma modalidade de filiação gratuita no nosso website que divulga sem ônus os endereços desses colegas que deixaram saudade.
O egresso ou formado pela Universidade de Yôga pode continuar lecionando SwáSthya ou optar por outra modalidade. Pode continuar honrando a supervisão ou não. Pode revalidar seu certificado todos os anos ou não. Pode participar dos nossos cursos ou não. É claro que quanto mais proximidade ele nutrir, mais e mais subirá no nosso conceito. Não é filiado, mas pode vir a ser um amigo íntimo.

Dissidentes – são os que se formaram pela Universidade de Yôga e saíram por discordar de algo. É o seu direito. A maciça maioria continua sentindo carinho, saudade e gratidão pela Uni-Yôga, pelo seu instrutor, pelo DeRose, mas prefere ficar de fora, por qualquer razão de foro íntimo. Dissidente não é ofensa. Dissidente não é inimigo. Podemos preservar a amizade. Só não podemos trazê-los para o nosso convívio próximo nem para dentro das nossas unidades, já que um descontente pode contaminar os demais com o mesmo vírus que o vitimou. Mas podemos e devemos manter cordialidade, enviar cartões de Natal, de Páscoa, de aniversário; podemos telefonar e até, às vezes, sair para comer uma pizza.

Inimigos – geralmente são concorrentes intoxicados de inveja até a alma; ou dissidentes recalcados, portadores de algum complexo de inferioridade. Felizmente, são poucos. Infelizmente, quem odeia faz muito barulho e os que amam fazem-no em silêncio.

É preciso incutir no futuro instrutor, desde quando aluno, que se um dia ele sair da Uni-Yôga deverá continuar amigo. Explicar-lhe que quando alguém é formado pela PUC, USP, UNIP ou qualquer outra universidade, tal pessoa não é obrigada a ficar trabalhando naquele estabelecimento de ensino. Forma-se ali e vai trabalhar onde quiser. O mesmo ocorre conosco.

Também é preciso lembrar algumas pessoas de que quando alguém não gosta de um curso de inglês, de ballet, de violino, de pintura, de judô, de dança de salão, seja lá do que for, essa pessoa simplesmente sai do curso e pronto. Ninguém é obrigado a gostar de todos os cursos, nem é obrigado a permanecer se não gostou. Por outro lado, ninguém que tenha saído de algum desses cursos por não ter gostado dedicaria sua vida a insultá-lo, agredi-lo, difamá-lo, gastando horas e horas nesse afã, ano após ano, sem trégua. Se o fizesse, algo de errado deveria haver com essa pessoa tão desequilibrada.

Imagine que você não tivesse gostado do que ensinaram em um curso de informática. Imagine mesmo que esse curso fosse completamente incompetente e ensinasse enganosamente contabilidade dizendo que era informática. O que qualquer pessoa normal faria? Sairia do curso, talvez pedindo o dinheiro de volta. E pronto. Ponto final. Agora imagine uma outra pessoa que tivesse ficado insatisfeita alimentasse tanto ódio pelo curso de informática que passasse a existência a agredi-lo anonimamente de todas as formas, investindo nisso um tempo enorme e que não parasse nunca ao longo dos anos. Ninguém duvidaria tratar-se de um caso psiquiátrico grave.

Infelizmente, em defesa do nosso nome e do nosso trabalho, precisamos processar algumas dessas pessoas, pois assim as outras param. Algumas delas talvez vão responder por seus atos na cadeia. Outras terão que pagar indenizações altíssimas, compatíveis com suas agressões. Mas todas deixarão de ser réus primários, o que significa que, a partir de agora, qualquer incidente que ocorra na vida delas, de trânsito, de briga, qualquer denúncia que façam contra elas, já não poderão mais contar com sursis. Irão para trás das grades.

sexta-feira, 27 de abril de 2012 | Autor:

Enviado pela Raquel Santos:

 

Bom dia Mestre

Gostaria de partilhar este vídeo, onde um menino de 10 anos relata como e porquê decide optar pela alimentação não-carnívora. Uma exposição clara, sensível e esclarecedora.

http://www.youtube.com/watch?v=zruElb8Gt_4

Abraço carinhoso

Raquel Santos
Espaço Telheiras – Portugal