quinta-feira, 25 de agosto de 2016 | Autor:

As pessoas acham que brigar é normal. Os casais consideram brigar inevitável. Alguns terapeutas adoram brigas de casal. Defendem que as brigas reforçam e consolidam o amor. Mas tudo isso será mesmo verdade?
No momento em que duas personalidades começam a conflitar-se mutuamente, parece-nos muito mais sensato interpretá-lo como uma indicação de que não deveriam prosseguir no relacionamento.
Divergências de opinião, sim, são normais. Mas para solucioná-las não é preciso disputar histericamente, levantar a voz, proferir agressões ou insultos.
Contudo, se os conflitos revelam que o relacionamento não deveria prosseguir, por que as pessoas insistem e continuam juntas, brigando por anos ou décadas? Simplesmente porque, na maior parte dos segmentos culturais, a estrutura social dificulta conhecer, com intimidade, outras pessoas de sexo oposto. Às vezes, terminar um relacionamento que foi tão difícil encontrar, significaria ficar meses ou anos em solidão. Se o indivíduo viver numa estrutura mais conservadora, trocar muito de relacionamento prejudicará sua boa imagem, ainda mais se for do sexo feminino. Pelo mundo afora, em alguns círculos culturais, desfazer um casamento impediria definitivamente o sucesso profissional ou a eleição a cargos públicos.
Por outro lado, as pessoas que se encontram não são tão especiais quanto a imagem que idealizamos do príncipe encantado ou da doce princezinha. Por isso, os simples mortais vão suportando tudo e acabam considerando normal, até porque seus amigos e parentes padecem da mesma situação.

Assista a uma das aulas que publico diariamente no YouTube sobre este assunto:
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