sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013 | Autor:

Qual a melhor forma de tratamento?

O tratamento de Mestre nós vamos deixar para o Mestre de Xadrez, Mestre Maçom, Mestre de Capoeira, Mestre de Tai-Chi, Mestre de Karatê, Mestre de Reiki, Mestre de Obras, Mestre-Escola, Mestre-Sala, Mestre de Cerimônias, Mestre de Jangada, Mestre Cuca, Mestre Marceneiro e, além destes, outros que tenham mestrado universitário, contra os quais ninguém lhes atira na cara frases do tipo “Mestre? Como assim, Mestre?” ou  “Mestre só Jesus”.

Eu gostaria que este tratamento carinhoso só fosse usado entre nós, alunos e instrutores do Método DeRose, e apenas internamente. É que nossa utilização desse tratamento tem uma conotação descontraída e amorosa, mas lá fora as pessoas o interpretam como Messias, gurú, líder espiritual e mais uma batelada de disparates.

O CBO – Catálogo Brasileiro de Ocupações, do Ministério do Trabalho, relaciona mais de trinta profissões com o título de Mestre, entre elas, Mestre de Corte e Costura, Mestre de Charque, Mestre de Águas e Esgotos etc. No entanto, quando se trata de Yôga, é muito frequente que surjam contestações.

Nunca entendi por que cometem esse tipo de questionamento aos do Yôga e não a fazem a todas as demais profissões ou posições hierárquicas.

Continuo não compreendendo e prefiro que não me expliquem. No entanto, para evitar confrontos com pessoas de educação mais rasteira, recomendo que o título de Mestre só seja utilizado entre nós quando não houver presente pessoa alguma de fora.

Mestre só deve ser utilizado pelos alunos e instrutores quando estiverem dentro das nossas escolas ou em eventos nossos. Fora do nosso círculo, falando com seus familiares e amigos, tanto os alunos quanto os instrutores, devem evitar o tratamento Mestre. Recomendamos escolher um dos que constam abaixo:

Sistematizador é um tratamento para assuntos referentes ao nosso Método ou à nossa modalidade filosófica.

Exemplo de utilização: “Joris Marengo supervisionado pelo Sistematizador DeRose desde 1976.”

Supervisor para referências sobre a supervisão profissional.

Exemplo de utilização: “O Supervisor DeRose solicita aos supervisionados que apliquem os testes mensais aos seus alunos.”

Escritor, quando se tratar de assunto editorial, livreiro ou que diga respeito de alguma forma à literatura e a textos extraídos de algum livro de nossa autoria.

Exemplo de utilização: “A mais contundente obra do escritor DeRose é seu livro ‘Quando é Preciso Ser Forte’.”

Professor Doutor (Honoris Causa) pode ser usado em contexto acadêmico.

Exemplo de utilização: “Curso ministrado na Universidade Federal pelo Prof. Dr. DeRose.”

Comendador, quando se tratar de ambiente oficial, protocolar, governamental, militar, empresarial, solenidade, outorga, entidade cultural, heráldica, filosófica, humanitária etc.

Exemplo de utilização: “Contamos com a presença do Comendador DeRose.”

Companheiro, no Rotary.

Exemplo de utilização: “O Companheiro DeRose convida os rotarianos para o lançamento do seu livro.”

Educador deve ser evitado sempre que possível. Só abrimos exceção para textos que já tenham utilizado outros tratamentos e em que seja conveniente não repeti-los.

 

domingo, 16 de setembro de 2012 | Autor:
 

Enviado por Pedro Gabriel:

 

Mestre,

Recebi este texto através do correio eletrônico. Me lembrou uma frase que vi riscada no muro de um dos prédios mais nobres da cidade de Santos. Na época, ainda não tinhamos nenhuma escola da Rede DeRose.

“Não adianta praticar ióga e não cumprimentar o porteiro!”

O texto que segue abaixo, trata-se de uma tese de mestrado em psicologia, apresentada na USP.

‘O HOMEM TORNA-SE TUDO OU NADA, CONFORME A EDUCAÇÃO QUE RECEBE’

Título: ‘Fingi ser gari por 1 mês e vivi como um ser invisível’

Psicólogo varreu as ruas da USP para concluir sua tese de mestrado da
‘invisibilidade pública’. Ele comprovou que, em geral, as pessoas
enxergam apenas a função social do outro. Quem não está bem posicionado
sob esse critério, vira mera sombra social.

Plínio Delphino, Diário de São Paulo.

O psicólogo social Fernando Braga da Costa vestiu uniforme e trabalhou um mês como gari, varrendo ruas da Universidade de São Paulo. Ali,constatou que, ao olhar da maioria, os trabalhadores braçais são ‘seres invisíveis, sem nome’.

Em sua tese de mestrado, pela USP, conseguiu comprovar a existência da ‘invisibilidade pública’, ou seja, uma percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à divisão social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e não a pessoa. Braga trabalhava apenas meio período como gari, não recebia o salário de R$ 400 como os colegas de vassoura, mas garante que teve a maior lição de sua vida:

‘Descobri que um simples bom dia, que nunca recebi como gari, pode significar um sopro de vida, um sinal da própria existência’, explica o pesquisador.

O psicólogo sentiu na pele o que é ser tratado como um objeto e não como um ser humano.
‘Professores que me abraçavam nos corredores da USP passavam por mim, não me reconheciam por causa do uniforme. Às vezes, esbarravam no meu ombro e, sem ao menos pedir desculpas, seguiam me ignorando, como se tivessem encostado em um poste, ou em um orelhão’, diz.

No primeiro dia de trabalho paramos pro café. Eles colocaram uma garrafa térmica sobre uma plataforma de concreto. Só que não tinha caneca. Havia um clima estranho no ar, eu era um sujeito vindo de outra classe, varrendo rua com eles. Os garis mal conversavam comigo, algunsse aproximavam para ensinar o serviço.

Um deles foi até o latão de lixo pegou duas latinhas de refrigerante cortou as latinhas pela metade e serviu o café ali, na latinha suja e grudenta. E como a gente estava num grupo grande, esperei que eles se servissem primeiro.

Eu nunca apreciei o sabor do café. Mas, intuitivamente, senti que deveria tomá-lo, e claro, não livre de sensações ruins. Afinal, o cara tirou as latinhas de refrigerante de dentro de uma lixeira, que tem sujeira, tem formiga, tem barata, tem de tudo. No momento em que empunhei a caneca improvisada, parece que todo mundo parou para assistir à cena, como se perguntasse:

‘E aí, o jovem rico vai se sujeitar a beber nessa caneca?’ E eu bebi.

Imediatamente a ansiedade parece que evaporou. Eles passaram a conversar comigo, a contar piada, brincar.

O que você sentiu na pele, trabalhando como gari?

Uma vez, um dos garis me convidou pra almoçar no bandejão central.

Aí eu entrei no Instituto de Psicologia para pegar dinheiro, passei pelo andar térreo, subi escada, passei pelo segundo andar, passei na biblioteca, desci a escada, passei em frente ao centro acadêmico, passei em frente a lanchonete, tinha muita gente conhecida. Eu fiz todo esse trajeto e ninguém em absoluto me viu.

Eu tive uma sensação muito ruim. O meu corpo tremia como se eu não o dominasse, uma angustia, e a tampa da cabeça era como se ardesse, como se eu tivesse sido sugado. Fui almoçar, não senti o gosto da comida e voltei para o trabalho atordoado.

E depois de um mês trabalhando como gari? Isso mudou?

Fui me habituando a isso, assim como eles vão se habituando também a situações pouco saudáveis. Então, quando eu via um professor se aproximando – professor meu – até parava de varrer, porque ele ia passar por mim, podia trocar uma idéia, mas o pessoal passava como se tivesse passando por um poste, uma árvore, um orelhão.

E quando você volta para casa, para seu mundo real?

Eu choro. É muito triste, porque, a partir do instante em que você está inserido nessa condição psicossocial, não se esquece jamais.

Acredito que essa experiência me deixou curado da minha doença burguesa. Esses homens hoje são meus amigos. Conheço a família deles, freqüento a casa deles nas periferias. Mudei. Nunca deixo de cumprimentar um trabalhador.

Faço questão de o trabalhador saber que eu sei que ele existe. Eles são tratados pior do que um animal doméstico, que sempre é chamado pelo nome. São tratados como se fossem uma ‘COISA’.

“Ser IGNORADO é uma das piores sensações que existem na vida!”

terça-feira, 12 de junho de 2012 | Autor:

 

Numa tarde ensolarada na cidade de São Paulo, terminei minha aula de Aikidô com o Mestre Ricardo Leite – um jovem de vinte e tantos anos na época – e dirigi-me ao meu curso de xadrez com o Mestre Ángel Gutiérrez. Mestre daqui, Mestre dali, comecei a caminhar pela rua pensando com os meus botões: todo o mundo aceita serenamente que meu professor Ricardo Leite seja Mestre de Aikidô. Ninguém questiona o título de Mestre que a Federação de Xadrez concedeu ao Ángel Gutiérrez. Por que será que meu título de Mestre de Yôga parece perturbar algumas pessoas?

Durante 40 anos de ensino, fui o Prof. DeRose e não houve problemas. Ninguém me incomodou nem questionou o título de professor, desde a juventude em 1960 quando comecei a dar aulas e entrevistas, até o ano 2000. Depois de velho, quando recebi o título de Mestre começaram os problemas. Desconfianças, insultos, entrevistas insolentes, exclusões sistemáticas… É como se as pessoas se sentissem ultrajadas pelo fato de um profissional de Yôga ostentar o mesmo grau que tantos outros profissionais exibem sem causar nenhuma revolta. Ora, o próprio CBO – Catálogo Brasileiro de Ocupações, do Ministério do Trabalho, relaciona mais de trinta profissões com o título de Mestre, entre elas, Mestre de Corte e Costura, Mestre de Charque, Mestre de Águas e Esgotos etc. Mas de Yôga não pode. Por quê?

Afinal, nem tenho vinte e tantos anos de idade como o Mestre de Tai-Chi ou de Karatê, tenho quase setenta e as barbas brancas. Oficialmente, estou na terceira idade, os cinemas me concedem ‘meia-entrada de idoso’, sou avô e, a qualquer momento, bisavô! Por que a sociedade admitiria sem problemas que com um terço da minha idade eu fosse Mestre de Reiki, ou Mestre de Obras, ou Mestre de Capoeira, mas cobra-me sistematicamente explicações quanto ao meu título legítimo de Mestre em Yôga?

Chega a soar ridículo quando alguém me diz, ou a algum aluno meu: ‘Mestre? Como assim, Mestre?’ Alguns estudantes respondem à altura, declarando que tratam de Mestre os professores das suas respectivas faculdades, portanto não entendem o que o interlocutor está querendo insinuar. Mas outros deixam-se intimidar e não sabem o que redarguir. Daí, a necessidade deste artigo.

Um coronel usa o título antes do nome, Cel. fulano e é chamado coronel ou meu coronel. Um médico usa o título antes do nome, Dr. sicrano e é tratado por doutor ou senhor doutor[1]. Um padre usa o título antes do nome Pe. beltrano e é chamado padre. O pastor é chamado de Rev. mengano e é tratado por reverendo. O juiz é tratado por Meritíssimo e o reitor por Magnífico Reitor. O mestre de Aikidô é tratado por Sensei e o mestre de capoeira é tratado por Mestre. O Mestre Maçom instalado é chamado de Venerável Mestre. No entanto, em se tratando de Yôga paira um preconceito lancinante que gera logo a predisposição para questionar quem use seu título legítimo.

Pessoalmente, gosto muito de chamar o contestador à razão, comparando-me aos Mestres de profissões humildes e até iletradas. Quando alguém me cobra acintosamente o direito ao título, prefiro perguntar se ele faria essa cobrança ao Mestre de Capoeira ou ao Mestre de Jangada. Pois, se não o faria, mas faz-me a mim, trata-se inequivocamente de uma discriminação.

Agora, tantos anos depois, com cinco títulos de Mestre não-acadêmicos, conferidos por duas universidades brasileiras, duas européias e uma faculdade paulista, várias Comendas e alguns títulos de Doutor Honoris Causa (o mais recente pelo Complexo de Ensino Superior de Santa Catarina) algo me diz que já não preciso ostentar nenhum deles. Interiormente, sinto que foram extrapolados.

Particularmente, não faço questão de título algum. Quiçá, hoje, meu nome já representa uma carga de autoridade que se basta por si mesma. Não obstante (que ironia!), agora as instituições, as autoridades e os Governos fazem questão de me tratar por Comendador e por Mestre!

“Na minha terra, as mãos produzem comida, e a cabeça, confusão.”

Mestre Vitalino, artesão nordestino,
que um jornalista do Sudeste se recusou a chamar de mestre
porque nenhuma universidade na época possuía mestrado em artesanato.



[1] O mais curioso é que os médicos e os advogados não são doutores, pois, via de regra, não fizeram doutorado! Não obstante, todos os tratam por doutor e ninguém implica com isso. Ninguém os confronta, desacatando-os: “Como é que você ostenta um título que não tem?” Pergunto-me qual seria a reação das pessoas se isso acontecesse com um profissional da nossa área.

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Caro Sr. DeRose, sem comentar a pretensa ostentação do prenome “Mestre” defendido por si, cumpre informar que os advogados são tradicionalmente chamados de doutores por força do “Título” que lhe foi concedido por Dom Pedro I, em 1827, por meio do Decreto Imperial, sendo que tal Título, por óbvio, não colide com com o previsto na Lei nº 9.394/96 (Diretrizes e Bases da Educação), o qual é avaliado e concedido pelas Universidades aos acadêmicos em geral. Ninguém confronta o título de doutor tradicionalmente utilizado por advogado, eis que foi determinado por Lei, ou melhor, Decreto Imperial. Dessa forma, por questão de coerência, sugiro que, no mínimo, retifique a nota [1] do aludido texto de modo a adequá-la aos fatos apontados. Um grande abraço…

 rafaeln
[email protected]

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Estimado Rafael. O Decreto Imperial aludido é do meu conhecimento. Contudo, como não estamos mais no Império, reservo-me o direito de não concordar com ele. Por outro lado, continuo apresentando meus advogados como “Doutor Fulano” e igual tratamento concedo aos meus médicos por mera liberalidade. Não vejo utilidade em confrontar os profissionais que estão procurando fazer o seu trabalho da melhor forma possível, sejam eles advogados, médicos ou profissionais da nossa área. No entanto, a nota preserva o seu valor de esclarecimento, já que a população não sabe daquela curiosidade.  Retribuo sua gentileza com um abraço apertado.

Post-scriptum: Como o estimado amigo deve ter lido no artigo, não defendo nenhuma “pretensa ostentação do prenome (sic) Mestre”, pois declaro expressamente no último parágrafo do texto: “Particularmente, não faço questão de título algum”.

Também não afirmo em parte alguma que meu prenome deva ser aquele, pois, como nos esclarece o Dicionário Houaiss, prenome é “nome de um indivíduo, que antecede o nome de família; nome de batismo, antenome”.

Mas, por favor, não veja nesta argumentação nenhuma animosidade. Minha intenção é apenas a de me dispor ao diálogo, bem como prestar consideração e respeito ao nosso leitor e colaborador.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011 | Autor:

Assista ao discurso do Steve Jobs:

httpv://br.youtube.com/watch?v=yplX3pYWlPo

Continuação do dircurso:httpv://br.youtube.com/watch?v=ksoo-G_YB2o&feature=related

Este vídeo é sobre educação, escola e diploma. Papai deveria assisti-lo, depois do discurso do Steve Jobs:

 Parte 1:

Sobre produção, indústrias, emprego, consumo, poluição, reciclagem, contaminação do solo, do ar e da água:

 
Brasil inventa o papel sintético, com plástico reciclado:

http://jornalnacional.globo.com/Telejornais/JN/0,,MUL985618-10406,00-CIENTISTAS+BRASILEIROS+CRIAM+O+PAPEL+DE+PLASTICO.html

 

 

 

Rafaella

Obrigada pelas lindas palavras, Mestre!
Olha este vídeo que os alunos do Leblon fizeram em sua homenagem com um dos áudios do seu lindo CD Mensagens.
Beijos

Gustavo Cardoso

Querido Mestre,
Esta e a primeira vez que deixo um comentario no teu blog, que por sinal esta fantastico.
Queria compartilhar contigo e com todos os outros leitores este video, sao apenas alguns minutos do nosso tempo mas que pode fazer uma grande diferenca.
Todos a quem eu mostro este video se dizem emocionados quando terminam de ver, acho que esta na mao de todos nos espalharmos Informacao relevante, que nao manipule e que ajude a mudar a vida das pessoas para podermos construir um mundo melhor.
Um grande abraco
http://video.google.com/videoplay?docid=5473738085353371179&ei=HWqFSdnDB42siALT5fj8Cg&q=vegan
Peco perdao pela falta dos acentos, mas o teclado nao os tem. [Gustavo é instrutor do Método DeRose em Londres.]

Diego Borba

Muito bons os vídeos Mestre.

recomendo esse também para quem ainda não viu…

http://video.google.com/videoplay?docid=-1437724226641382024&ei=JzOLSeabFpKwqwLO8bzHCw&q=zeitgeist+portugues

Abraço.

Lerivan Ribeiro

Existe um documentário muito bom sobre os testes feitos em animais: “Não matarás”, do Instituto Nina Rosa.
Para quem ainda não viu confira no you tube, são 7 partes.
http://www.youtube.com/watch?v=wvyEbQa0-E0&feature=PlayList&p=1C96C0202EDB3CB8&index=0&playnext=1

Fiquei muito indignado quando assisti a este documentário.

 

httpv://www.youtube.com/watch?v=SITqq48ZMDI

 

Lucas De Nardi

Olá Mestre!
Primeiramente, parabéns pelo sádhana de hoje. O aniversariante da semana é você, mas quem ganhou um presentão fomos nós. Muito obrigado.
Bom, conforme conversamos na festa aí vai o link do vídeo. Espero que você também goste. É uma das coisas mais espetaculares que já assisti.

Beijos e bom descanso