segunda-feira, 26 de setembro de 2011 | Autor:

Oi Mestre,

A revista Trip desse mês tem conteúdo especial sobre educação. Gosto muito da linha editorial deles e lembrei de você em diversas passagens dos textos. Segue um trecho:

“Para o Iluminismo, a própria ideia de inteligência consistia de certo tipo de pensamento dedutivo e um conhecimento dos clássicos – o que viemos a chamar de habilidade acadêmica. No código genético da educação pública, está entranhada a ideia de que existem dois tipos de pessoas: acadêmicas e não acadêmicas, inteligentes e burras. A consequência disso é que muitas pessoas brilhantes acham que elas não o são, porque foram julgadas à luz dessa visão particular da mente.” – a matéria é baseada numa entrevista do educador britânico sir Ken Robinson.

O link para a matéria completa é esse: http://revistatrip.uol.com.br/revista/203/reportagens/aprendendo-a-ensinar.html#6

Beijos,

Carol Mathias
Instrutora da Unidade Itu

quarta-feira, 2 de março de 2011 | Autor:

O retrocesso ao obscurantismo!

O Yôga não visa resolver as mazelas do trivial diário
e sim a grande equação cósmica da evolução.
DeRose

Era natural supor que no século XXI preconceitos e desinformações cederiam lugar à cultura e ao esclarecimento. Durante décadas, esperamos ansiosamente que chegasse o Terceiro Milênio, uma Era em que todos estariam mais lúcidos e com mais acesso à informação! Mesmo porque com o advento da internet até as pessoas mais simples, ou sem recursos, ou que morassem em lugares mais distantes dos grandes centros, todas poderiam ser brindadas com mais ilustração.

Mas qual Neo-Renascença, qual Neo-Iluminismo, qual nada. Curiosamente, com relação ao Yôga ocorreu o contrário. Vivemos um momento de retrocesso e obscurantismo da opinião pública, bem como da mídia, no que concerne à nossa profissão. Por isso, escrevi uma série de artigos e enviei-os à grande Imprensa, que guardou-o no “cesto arquivo”.

Com a experiência de meio século de magistério, tenho a nítida sensação de que, para o profissional da mídia, o Yôga foi encravado num viés de coisa que não é para ser levada a sério. Se o especialista em Yôga aceitar discorrer sobre amenidades, tais como os benefícios “da ióga” para combater celulite, emagrecer, reduzir rugas e solucionar as pequenas mazelas do trivial diário, toda a Imprensa fica interessada. E com ela, a opinião pública.

Mas se, como representantes de uma filosofia que somos, cogitarmos dissertar sobre temas sérios, bem, aí ninguém quer escutar. Se insistirmos em ser ouvidos, surpreendemo-nos sendo conduzidos ao “silêncio obsequioso”, aquela punição eclesiástica que condenava ao ostracismo o teólogo que dissesse o que não era permitido.

Mais uma razão para não nos ampararmos sob o manto do paradigma “Yoga”. Por isso, devemos dar preferência a nos referirmos ao que fazemos com a designação de A Nossa Cultura. Voltaremos ao tema noutra oportunidade.