segunda-feira, 10 de outubro de 2016 | Autor:

De todos os tipos de Yôga que existem, há um, em particular, que é especial por ser um dos mais completos. Produz efeitos rápidos e duradouros como nenhum outro. Trata-se do Yôga Antigo, hoje conhecido como SwáSthya Yôga, sistematização do Dakshinacharatántrika-Niríshwarasámkhya Yôga, do período pré-clássico. Para torná-lo inteligível foi preciso sistematizá-lo, como faria um arqueólogo com os fragmentos preciosos que fossem sendo encontrados.

Estudamos muitos tipos de Yôga e fomos à Índia por 25 anos. Estamos convencidos de que o Yôga Antigo, para nós, é realmente o melhor que existe. A maior prova disso é que o adotamos. E também o adotaram milhares de pessoas muito especiais em vários países. São intelectuais, cientistas, artistas plásticos, músicos e escritores de diversos continentes.Para contar com esse público culto, sensível e exigente o Yôga Antigo, SwáSthya Yôga, deve ter algo muito especial. Mas o quê?

1. O Yôga Antigo contém os elementos que fundamentam todas as demais modalidades de Yôga. Não há nenhum outro tipo de Yôga tão completo. Numa prática de SwáSthya, o Yôga Antigo, você estará praticando Ásana Yôga, Rája Yôga, Bhakti Yôga, Karma Yôga, Jñána Yôga, Laya Yôga, Mantra Yôga e Tantra Yôga, bem como os elementos constituintes das subdivisões mais modernas, nascidas desses ramos, tais como o Hatha Yôga, Kundaliní Yôga, Kriyá Yôga, Dhyána Yôga, Mahá Yôga, Suddha Rája Yôga, Ashtánga Yôga, Yôga Integral e muitos outros.
Mas atenção: embora o Yôga Antigo (SwáSthya) contenha em si os elementos constitutivos de todos esses tipos de Yôga, ele não é formado pela combinação daqueles ramos, pois está baseado numa tradição bem mais ancestral, anterior a eles.

2. O Yôga Antigo tem raízes sámkhyas. Por ser um Yôga extremamente técnico, dinâmico e que não adota misticismo, agrada mais às pessoas dinâmicas, realizadoras e de raciocínio lógico.

3. O Yôga Antigo é tântrico. Isso significa que é um Yôga matriarcal, sensorial e desrepressor. Desrepressor significa que não tem foco em proibições. Orienta, mas não reprime. Sensorial significa que respeita e valoriza o corpo, sua beleza, sua saúde, seus sentidos e seu prazer. Logo, você tem liberdade total. Pode comer o que quiser, fazer o que quiser. Contudo, há aconselhamento com relação a tudo isso e você o segue se achar que deve. À medida que for aprimorando seus hábitos de vida e cultivando costumes mais saudáveis, vai recebendo do instrutor as técnicas mais avançadas.
Esse respeito pela liberdade do praticante tem sido uma das mais cativantes características do SwáSthya Yôga, pois vai ao encontro das aspirações das pessoas e responde positivamente às reivindicações dos adeptos de outras correntes restritivas, que estão desgostosos com a repressão imposta por elas.

4. Nossa forma de executar as técnicas é diferente das formas modernas de Yôga. Nos últimos séculos popularizou-se uma maneira pobre de realizar procedimentos corporais, estanques, separados uns dos outros e repetitivos como se fosse ginástica. O SwáSthya Yôga fundamenta-se nas linhas mais antigas e executa os ásanas sincronizados harmoniosamente, brotando uns dos outros mediante passagens extremamente bonitas e que permitem a existência de verdadeiras coreografias de técnicas corporais, as quais nenhum outro tipo de Yôga possui. Sempre que alguém assiste aos nossos vídeos, a exclamação é constante: “Ah! Mas isso aí é lindíssimo!”
As coreografias foram reintroduzidas por nós nos anos sessentas (the sixties) do século passado. Nas décadas seguintes, em várias partes do planeta, surgiram modalidades de execução que se inspiraram no Yôga Antigo (SwáSthya Yôga). A maioria reconhece essa inegável influência. Ainda que não o confessassem, bastaria comparar os métodos para perceber a clara influência que exercemos sobre suas interpretações originadas posteriormente.
Ocorreu, no entanto, que, não compreendendo nosso afã para resgatar um conceito de Yôga Antigo em toda a resplandecência da sua autenticidade milenar, os que se basearam no SwáSthya para elaborar outras modalidades, terminaram por dar origem a formas modernas que nada têm a ver com a nossa proposta. Viram, mas não entenderam.

5. Finalmente, o SwáSthya é o único Yôga no mundo que possui regras gerais, ou seja, é o único que oferece auto-suficiência ao praticante. Num outro tipo de Yôga o instrutor tem que ensinar ao executante técnica por técnica: como respirar, quanto tempo permanecer, quantas vezes repetir, onde localizar a consciência etc. Se esse instrutor ensinar dez técnicas, seu aluno não saberá fazer uma décima-primeira. Entretanto, se utilizasse as regras gerais, o praticante teria a vantagem de não ficar atrelado ao instrutor e nem dependente dele. Se precisasse seguir sozinho, poderia continuar se aprimorando, pois, tendo aprendido apenas dez técnicas com as regras gerais, poderia desenvolver outras cem ou mil e prosseguir evoluindo sempre. As regras gerais conferem autonomia e liberdade ao sádhaka. As regras gerais são outra contribuição da sistematização do Yôga Antigo (SwáSthya Yôga). Se você vir alguém usando regras gerais, pode ter certeza de que travou algum tipo de contato com o nosso método, mesmo que o negue.

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