quarta-feira, 29 de junho de 2016 | Autor:

Quando eu era criança, tivemos um cachorrinho pequeno. Ele tinha um mês de idade. Um dia se escondeu debaixo do sofá e quando um empregado nosso foi retirá-lo ele rosnou como gente grande. O funcionário, com medo de levar uma mordida, agarrou um cabo de vassoura e ficou tentando puxá-lo com o objeto, mas cada vez que o cabo da vassoura tocava o cãozinho ele reagia como se fosse um leão adulto. Todos na casa começaram a fica assustados, supondo que o animalzinho estivesse com hidrofobia. Mas como as criança são menos paranóicas e amam os animais, eu me aproximei o quanto pude e lhe estendi um petisco, chamando com carinho. O pobre filhote veio se esgueirando por baixo do sofá, abanando o rabinho baixo e aceitou sair dali. Não havia nada de errado com o cão. O ser humano é que havia gerado nele o medo e a defensiva do jeito que ele sabia se defender. Talvez até o cabo da vassoura não gerasse nele tanta reação, se a atitude emocional do humanóide, seu tom de voz e a indelicadeza da movimentação do objeto não tivessem sido agressivos.

Assista a um vídeo sobre o assunto. Se preferir, acompanhe o podcast

youtu.be/k9SV_PGPORw